Dados, Indicadores e Análises

Para a elaboração dos mapas a metodologia adotada priorizou fontes de dados abertos governamentais, confiáveis com metadados e georreferenciados. Quando disponível, utilizou-se séria histórica de dados. O processamento das informações foi executado em software livre - QGIS. 

O GT Urbanismo conta com um grupo de 16 profissionais de diversas áreas de formação e experiências profissionais (advogados, arquitetos, economista, engenheiros, geógrafo, geólogas e turismo) do TCM-SP, da Prefeitura de São Paulo, e das universidades parceiras (UNINOVE, UFABC e USP).

Os temas apresentados nesta primeira fase são:

- Iluminação Pública e Violência Urbana, fonte de dados: Geosampa/PMSP e SSP/SP, dados abertos.

- Mobilidade, Transporte público sobre pneus – ônibus, fonte de dados: Geosampa/PMSP, dados abertos e TCMSP. 

- Meio físico, favelas e áreas de risco, e obras emergenciais, fonte de dados: Geosampa/PMSP e Abaco/TCM-SP, dados abertos.

- Habitação de Interesse Social (HIS) e Recursos Extra-Orçamentários: outorga onerosa do direito de construir (OODC) e Operação Urbana, fonte de dados: Rodrigues, 2021, dado público e Geosampa/PMSP, dados abertos).

Foram adotados como “mapas-base”, utilizados para sobreposição aos mapas temáticos (layers), o mapa de valor do terreno, confeccionado pelo GT com valores de IPTU/ PMSP - 2020, e o mapa de macroáreas de estruturação urbana definido pelo Plano Diretor Estratégico de 2014.

Mapa de Iluminação

Análise do Mapa de Iluminação por Setor Censitário:

(análise de Ricardo Ferreira Santos)

Fonte dos dados: PMSP/Geosampa

Destacou-se a localização dos parques e áreas verdes, pois é sabido que essas regiões costumam possuir iluminação apenas nos locais de trânsito de pessoas.

Observando o mapa, percebemos que há uma concentração maior de pontos de iluminação na região central da cidade, principalmente na Sé. Tal concentração faz sentido, pois a região possui locais de circulação exclusiva de pedestres, espaços públicos como o Vale do Anhangabaú, Edifício Matarazzo, bem como locais históricos como a Igreja da Sé.

Contudo, a distribuição da iluminação não é uniforme. É possível perceber em locais muito próximos distribuições de “10 - 30” e de “0 - 5”, o que acaba, de alguma forma, deixando ruas/avenidas muito mais claras do que outras. Temos, por exemplo, miolo de bairros com baixo índice de iluminação, como: Moema; Campo Belo; Ipiranga; e Sacomã.

Considerando a densidade demográfica da Cidade, percebemos que áreas como Marsilac, Parelheiros e Grajaú possuem baixo índice de pontos de iluminação por setor censitário, o que faz sentido, pois a densidade demográfica é menor. Contudo, percebemos também que a região de Jaguaré e Butantã, que possuem densidade demográfica média, o índice de pontos de iluminação é baixo, o que contraria a expectativa.